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Larissa B.
Larissa não tem rosto, dela conhece-se não o perfil, mas as alegrias; não a história, mas a memória. Bebe o mar e quer morder estrelas, flagra o tempo que tenta passar despercebido. Gosta de morder o cantinho do copo de plástico. Adora olhar para as janelas de prédios e tentar adivinhar qual luz vai acender primeiro. Prefere filmes em preto e branco e livros que já passaram por outras mãos que não as suas. Odeia calor, multidões e sofre com a saudade.
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Sou apaixonada pela dança, o cinema, a música, História, línguas, culturas, geopolítica, cartas, dias chuvosos, inverno, palavras terapêuticas, flores, fotografias, nuvens, embalagens, sorvete, sorvete, sorvete, sorvete e Literatura.
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O nosso momento não foi agendado. De repente, vendo você, nasceu esse monte de borboletas no estômago, esse arrepio na espinha, esse querer desenfreado e desordenado, e eu não soube o que fazer. Então entreguei, reparti, compartilhei, dividi. Então amei. E aí foi como se o gelo em que eu me preservava derretesse por inteiro, e vivo agora a me derramar por aí em palavras, em gestos, em sonhos e na realidade. E fico o tempo todo achando que é tudo muito, que é desmedido, que não é assim que se faz, que preciso descobrir como me dar da maneira correta. Mas não adianta. Eu penso, eu discordo, eu tento evitar, e quando vejo lá estou eu, errada, te amando. Sendo feliz. E isso no meio da relação menos convencional que já vivi, o que faz com que minha cabeça e meu controle tão treinados apitem o tempo todo, avisando dos perigos, me urgindo a retomar esses sentimentos e guardá-los naquela gaveta empoeirada que fica agora no fundo do meu cérebro. Mas a razão não é páreo para o desejo. E o silêncio do teu olhar me convida a ficar, e as palavras sem sentido que inventamos são tão lindas, e o coração vai ficando cheio a ponto de explodir. E explode. E devasta meu peito, as borboletas morrem, e tudo volta a ser gelo. Até seus lábios me beijarem mais uma vez. Até que eu sinta de novo teus dedos fazendo poesia no meu quadril. Então eu derreto. Derreto, derramo, amo. Sem ter porquê, nem por razão, ou coisa outra qualquer além de não saber como fazer pra deixar de te amar. A verdade mesmo é que talvez eu não queira.
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I.
“Ele me esquecerá. Deixará sem resposta minhas cartas, que ficarão em meio a suas espingardas, seus cães. Eu lhe mandarei poemas, talvez ele responda com um cartão-postal. Mas é por isso que o amo. Proporei um encontro - debaixo de um relógio, ou numa encruzilhada; esperarei, e ele não virá. É por isso que o amo. Ele se afastará da minha vida, esquecido, quase inteiramente ignorante do que foi para mim. E, por incrível que pareça, entrarei em outras vidas; talvez não seja mais que uma escapada, um simples prelúdio.”
The Waves - Virginia Woolf
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